sábado, 23 de janeiro de 2016

WERNER - PALM - WESTARP - PIETSCH

Johann Peter WERNER, filho de pais ainda não confirmados pois seu nome é comum na Alemanha e existem vários registros de batismo, na mesma região, com nome de genitores diferentes. Alguns estudiosos o colocam como filho de Peter Jacob WERNER e Margretha JUNG, nascido em 22 de março de 1784, Ulmet, mas enquanto não tenho provas mais concretas não vou identificar seus genitores. Era também conhecido como João Pedro Werner, Petrus Werner e Pedro Werner.

Casou-se com Anna Maria Elisabetha FUHRMANN, filha de Johann FUHRMANN (*22/03/1726, Brachtendorf, filho de Mathias Fuhrmann e Anna Joanna Ebertz) e Catharina SCHMITT (*26/09/1732, Kaifenheim, filha de Georgius Schmidt e Apolonia Laupenthal). Seus pais se casaram em Kaifenheim aos 19 de fevereiro de 1754. Conhecida também como Anna Maria Fuhrmann, ela nasceu aos 25 de outubro de 1775. Foi batizada em 27 de outubro de 1775 na Igreja Católica de Kaifenheim, onde nasceu. Faleceu antes de 1826, na Alemanha.

Johann e Anna tiveram cinco filhos (Anna Maria, Peter, Nikolaus, Johann Peter e Peter Joseph). 
Em 05 de setembro de 1826, em Kaifenheim, viúvo, Johann casa-se com Anna Elisabetha GEISEN,  que lhe acompanhou em 1828, em uma aventura chamada Brasil.

Anna Geisen criou os filhos de Anna Fuhrmann e teve mais oito filhos com Johann: 
Johann Joseph, Manoel Pedro, Antonio Pedro, Catarina, Felisbina, Francisco, Jorge e Matias. Todos nascidos no Brasil, com exceção do primogênito.
Anna faleceu em 19 de julho de 1873, no Brasil.

1828 - Porto de Bremem, Alemanha - Navio Joanna Jakobs  -  Destino: Rio de Janeiro, Brasil.

Modelo de navio que transportou os imigrantes germânicos para o sul do Brasil para a formação da Colônia São Pedro de Alcântara. O navio Johanna Jakobs também fazia a rota Bremen (norte da Alemanha) com destino ao Rio de Janeiro. Fonte: Casa da Cultura do Município de São Pedro de Alcântara.

Após algum tempo alojados no Rio de Janeiro, a família Werner embarcou no navio Marquês de Vianna chegando na cidade de Desterro (atual Florianópolis/SC) em 12 de novembro de 1828, sendo alojados nos quartéis da Capital.  
Alguns dias antes, em 07 de novembro, havia já chegado do Rio de Janeiro o navio Luiza trazendo à bordo a família de Mathias PALM (*c.1789, Wadern, Saarland, filho de Petri PALM e Anna KRUCHTEN).  Porém, sua família ficou alojada com os demais passageiros na localidade de Armação da Lagoinha, em isolamento, pois a maioria encontrava-se adoentada. 
A família de Mathias Palm era composta de seu pai Petri PALM e sua madastra Anna SCHRAMM, sua esposa Maria PHILIPPI (*c.1794, Wadern, Saarland, filha de Johann PHILIPPI e Joanna WEINS), e seus cinco filhos (Petrus, Mathias, Nikolaus, Anna Maria e Catharina, nascida a bordo do navio Johanna Jakobs e registrada no Brasil. No Brasil, na localidade de São Pedro de Alcântara, tiveram os filhos Anna Maria, Margarida, Mudatim e Elena.

Mathias Palm e Maria Philippi contraíram matrimônio em 02 de outubro de 1814, em Bitburg, na época pertencente a Prussia.

Como as terras destinadas a recebê-los ainda não haviam sido demarcadas pelo Governo e não apresentavam condições humanas para "enfrentar" a floresta, tanto a família Werner como os Palm tiveram que suportar uma espera de quase um ano. 


Já impacientes e irritados com tanta morosidade do Governo e cansados de viver no ócio e em condições materiais e psicológicas precárias, solicitaram diversas vezes o acesso a terra prometida. Porém, somente em julho de 1829, finalmente o Governo libera-os para serem assentados na localidade de São Pedro de Alcântara/SC.
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Na colônia de São Pedro de Alcântara, Pedro José WERNER, alemão nascido em 20 de janeiro de 1822, filho de Johann Werner e Anna Fuhrmann, conhece Catharina PALM, já registrada na Colônia, em 07 de dezembro de 1830, filha de Mathias Palm e Maria Philippi.

Após contraírem núpcias em São Pedro de Alcântara (na época pertencente a São José,SC), em 29 de dezembro de 1854, o jovem casal decide procurar uma localidade mais propícia e fértil para se estabelecerem e assim se fixaram na Colônia Itajahy,onde hoje ergue-se a cidade de Brusque/SC.

Pedro e Catharina tiveram 4 filhos, Maria (*17/10/1855 - casou-se com Augusto Maluche), Mathias (*21/12/1856 - faleceu precocemente), Nicolau (*25/06/1859 - casou-se com Magdalena Imhof) e Pedro (*20/01/1862 - casou-se com Maria e depois com Elisabeth Westarb). 

Pedro José, conhecido também como Pedro Miúdo, com seu espírito aventureiro e empreendedor, construiu engenhos de farinha, serraria, olaria, além de trabalhar como balseiro e garimpeiro. Possuia mais de 1,1 mil hectares de terra e foi ele quem recebeu a primeira leva de imigrantes alemães na Colônia de Itajahy.

Pedro José faleceu em 10 de janeiro de 1882, em Brusque/SC.

Após sua morte Catharina, conhecida como Nima,  partiu com toda a família para Lages, SC e faleceu em 11 de maio de 1903, no distrito de Índios, Lages/SC.


Na foto sentados, Pedro José Werner e sua esposa Catharina Palm.
Em pé, seus filhos:  o pequeno Pedro, Maria (a primeira pessoa registrada na cidade de Brusque/SC) e Nicolau.

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Pedro WERNER nasceu na Colônia de Itajahi, hoje Brusque/SC, no dia 12 de junho de 1862 e foi batizado em 05 de agosto de 1862 tendo como padrinhos seu pai Pedro José e sua irmã Maria Werner.

Conheceu Maria WESTARP, nascida em Brusque/SC em 09 de abril de 1863, filha de Christian Friderich (Fritz) WESTARP e Anna Maria Augusta PIETSCH.
Casaram-se em 24 de julho de 1883, sendo testemunhas desta união seu amigo e cunhado Augusto Maluche e seu irmão Nicolau Werner. 

Com Maria teve seis filhos (Catharina Maria (18/12/1884), Anna (07/03/1887), Elena (02/02/1886), Maria Magdalena (02/02/1886), Anna (07/03/1887), Pedro José (18/08/1888), Nicolau (*19/09/1889), Magdalena (Ana) (27/03/1891) e Roselina (10/01/1893)).  Maria faleceu em 10 de maio de 1894 devido a complicações do parto.

Após a morte prematura da esposa, Pedro casou-se em 25 de agosto de 1894, na Igreja Matriz de São Luiz, em Brusque/SC, com sua cunhada Elisabeth (Isabel) WESTARP, tendo como testemunhas: Augusto Maluche e Damiano Maffezzoli.

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Os WESTARP (WESTARB) eram lavradores que habitavam a região de Westphalia. O casal 
Friederich Ludwig WESTARP (*c.1783, Westfalen, filho de Joseph Westarp) e Maria Gertrud BAUMEISTER (*c. 1794, Ottmarsbocholt, filha de Joan Bernard Baumeister) casaram-se em 14 de fevereiro de 1825, em Ottmarsbocholt, e tiveram os seguintes filhos, todos nascidos em Ottmarsbocholt, Westafalen, Alemanha. Os dois primeiros não consta o nome do pai no registro, portanto não posso confirmar se são filhos de Fritz Westarp: 
Maria Christina (*01/05/1822), Christian Henrich (21/05/1823), Anna Angelina (31/12/1825), Joan Bernard (08/10/1827) e Christian Friderich(*19/12/1835). Apenas o filho Christian Friderich imigrou para o Brasil por volta de 1861 para participar do processo de colonização da região de Santa Catarina.

Já os PIETSCH eram da região de Silesia, onde Johann Pietsch trabalhava como mineiro. Imigrou juntamente com os três filhos (Anna Maria, Roberto e Paulo) em 1861. Sua esposa Carolina (Helena) BÜTTNER emigrou posteriormente e faleceu em Brusque na data de 12/10/1896.  Seu marido faleceu antes desta data, de tuberculose.

Por aqui, Johann teve que se adaptar aos serviços da lavoura e o local onde moravam era conhecido como Pietschberg, ou seja, Morro dos Pietsch. 




As duas famílias se uniram com o casamento de:

Christian (Christopher) Friderich WESTARP,  filho de Friderich Ludwig WESTARP (WESTARB) e de Maria Gertrud BAUMEISTER, natural de Ottmarsbochold, Westhalia, Prussia, nascido no dia 19 de dezembro de 1835; e 

Anna Maria Augusta PIETSCH, filha de Johann PIETSCH e de Helena (Carolina) BÜTTNER , natural de Weisstein, Schlesia, Prussia, nascida em 09 de abril de 1839.

A cerimônia de casamento foi realizada pelo vigário Alberto Gattone, em Guabiruba, colônia de Brusque/SC, no dia 12 de junho de 1862, tendo como testemunhas: Francisco Alexandro Pietsch e Nicolau Deschamps.  O casal teve quatorze filhos, porém nem todos sobreviveram devido as precárias condições da Colônia. Entre os viventes estavam as filhas Maria e Elisabeth, ambas foram casadas com o filho do fundador da colônia Pedro Werner.

Cristovão (como ficou conhecido Christopher no Brasil) faleceu em 03 de julho de 1906, Brusque, SC, e sua esposa Anna Maria faleceu após em 1906, em data e local ignorados. ------------------------------------------------------------------------------------------------------
Elisabeth WESTARP nasceu em Guabiruba em 01 de maio de 1879 e foi batizada em 05 de junho de 1879, sendo seus padrinhos Elisabetha e Miguel Rudolf.
Mulher de reconhecido dinamismo, aos 15 anos casou-se com seu cunhado viúvo, Pedro Werner.  O casamento foi celebrado em 25 de agosto de 1894 e Elisabeth, mais conhecida como Isabel, assumiu a criação dos seis filhos que Pedro teve com sua irmã Maria Westarb, além dos seus próprios quinze filhos: Augusto Frederico (13/09/1895), Carlos (03/01/1897), Elisabeth Maria (01/04/1898), Guiomar Matilde (07/03/1900), Luiza/Alice (24/04/1901), Candida Adelaide (15/06/1902), Edmundo (24/01/1903), Olga (05/04/1905), Antonio Afonso (10/03/1908), Osvaldo Jacob (16/11/1909), Leopoldo Henrique (07/08/1911), Bruno (20/05/1913), José Alberto (14/11/1914), Oscar José (15/05/1917) e Auta (08/09/1919). As filhas Guiomar e Auta faleceram precocemente.

Pedro e Elisabetha mudaram-se para a serra catarinense e durante os anos de 1896 e 1899, adquiriram muitas terras na localidade de Chapada, Distrito dos Índios, Lages/SC.
Devido a abundância de madeira, montaram uma serraria e desenvolveram atividades pecuárias.
Pedro WERNER faleceu em Lages, no dia 08 de agosto de 1923. 

Elisabeth, então uma jovem viúva, assumiu a administração das propriedades e negócios da família, bem como criou e educou com grande dignidade sua grande família. Gostava de relembrar a saga do desbravamento da região aonde se estabeleceram e de contar as assombrações que presenciara. Faleceu em Lages na data de 03 de novembro de 1951.

A história de Elisabeth Maria WERNER  está na postagem intitulada BEIMS & WERNER.




11 comentários:

  1. Sou tataraneta de Paulo Pietsch, filho de Johann Pietsch e Helene Buettner. miwilly58@gmail.com

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  2. Olá, meu sobrenome é Westarb e estou tentando tirar minha dupla cidadania... alguem consegue me ajudar, será que minha familia veio depois de 1904 para o Brasil? Os parentes da parte do meu pai são de Guabiruba/SC.

    Meu whats para contato 47 99153-1719 Leonardo Westarb

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  3. Seu Antonio Cesar Maluche, bisneto de Augusto Maluche e Maria Werner, quanto descreve os filhos de Pedro e Catharina, " 4 filhos, Maria (1855 - casou-se com (João) Augusto Maluche" meu bisavó e meu avó tem o mesmo nome Pai Augusto Maluche,filho Augusto Maluche Jr tenho certidão do obtido do meu avó obrigado cesarmaluche@hotmail.com

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  4. Gostaria de saber os Werner aqui no Rio grande do sul.procuro para realizar um sonho .

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    1. Os Werner da minha família vieram da Alemanha e se estabeleceram, primeiramente, em São Pedro de Alcântara e depois em Brusque. Dali alguns foram para Lages, porém não sei se os Werner do Rio Grande do Sul são descendentes deste ramo familiar ou não. Terias que ter mais informações para descobrirmos se é ou não, pois o sobrenome Werner é um tanto comum.

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    2. Eu sou um amigo(a). Minha familia ate onde sei uma parte é natural de novo hamburgo e outra de Pareci.

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  5. Olá, minha vó é Maria Julieta Werner Beller, filha de Anna Werner e que por sua vez é filha de Nicolau Werner(filho de Peter Joseph Werner e Catharina Palm) e Madalena Imhof ...foi muito interessante e importante ler sua pesquisa. Daniela Meyer Freiberger

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  6. Meu avô chamava Felipe Werner Natura de palmeira das missões RS

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  7. Meu trisavô se chamava João Pedro Werner ele veio da Alemanha para o rio grande do sul, alguem saberia alguma coisa sobre ele?

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  8. e o filho do João Pedro Werner lutou na guerra do Brasil

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